Gosto muito de carne. Muito mesmo! E também gosto muito de saber como as coisas são feitas. Em 2007 tive a oportunidade de fazer um relato fotográfico de toda linha de produção do mercado frigorífico desde a fazenda até o abate e corte. Segue abaixo o relato que achei melhor fazer em forma de quadrinhos.
AVISO: Algumas pessoas mais sensíveis podem considerar as imagens ofensivas, então sugiro cuidado. Imagens reais e fortes. Sem censura.
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Tudo começa bem cedo, antes do sol nascer.
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O gado dorme cercado sem pastar pra não enganar a pesagem, na hora de ir pro caminhão passa pela chamada mangueira para pesagem individual.
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Depois de pesado, o gado vai direto para o caminhão, esse também é pesado vazio e depois com o gado. A diferença de peso é o peso da carga. Depois esse peso vai ser comparado pelo relatado no frigorífico no final.
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Depois de devidamente carregados os caminhões partem para a pesagem carregados e de lá para o frigorífico.
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Já no frigorífico os carregamentos de gado ficam cercados esperando seu momento de abate.
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Antes de ser abatido o gado é lavado com uma solução antisséptica que elimina parasitas e sujeira do corpo.
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Por aqui que o gado passa para o abate, é a última visão deles da Terra, até que é bonita!
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Aqui já começa o sofrimento, é só aqui também. Muitos deles se recusam a entrar como se pressentissem o que está por vir.
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Assim morre um boi. Dizem que é a forma mais humana e menos sofrível para o animal. Um disparo de ar comprimido no cérebro. Instantâneo e letal.
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Acontece várias vezes, durante um abate, do “tiro” não matar e o bicho começar a se debater, não foi o caso desse aí.
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Já dentro do frigorífico o ex-boi (R.I.P.) é amarrado por uma pata traseira e entra na linha de processamento.
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Já preso pela pata o animal está pronto para ser processado. Começam cortando as patas, cabeça e retirando o couro.
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Nessa altura, já foi retirada a cabeça, patas e as entranhas do gado. Agora o restante do couro é solto até a altura do rabo.
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Frigoríficos são espertos! O que é dado como perda (e.g. couro, rabo, cabeça e miúdos) é processado e vendido: língua, fígado, rabada, coração e couro para o cortume. Nada nesse animal é perdido.
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Algumas partes realmente acho que viram dejeto.
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Já limpo o animal é serrado ao meio para facilitar a logística. Cada metade limpa é pesada individualmente e é dessa pesagem que o “dono” da carga recebe o pagamento.
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Antes de ser pesado alguns funcionários vão retirando pedaços de “pelanca” e gordura. Um veterinário também inspeciona nessa etapa cada peça a procura de sinais de alguma doença na carne do animal.
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Depois de pesada cada metade vai para a câmara de resfriamento e depois de acondicionada segue num caminhão desses aí para os açougues e de lá pra sua geladeira.
Tags: abatedouro, acougue, bovino, carne, fazenda, gado, nelori, picanha
This entry was posted on julho 11, 2009 at 4:19 pm and is filed under cultura. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed.
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julho 14, 2009 às 10:05 pm |
Olhe que coicidência… Acabei de receber uma DM sua por ter te seguido e entrei no blog e HÁ!! uma mega-post sobre abatedouro! Eu trabalho com isso (vet) ou melhor, quase isso… O nosso abatedouro aqui é de frango ;D
Se algum dia quiser postar algumas fotos é só pedir q eu te mando ;B
julho 15, 2009 às 12:04 am |
Mas é claro que eu quero dear! Fique a vontade para enviar as fotos da sua linha de produção. Morro de curiosidade para ver como é feito com os frangos também! 🙂 Obrigado!