Posts Tagged ‘Rio de Janeiro’

Ônibus anfíbio, a solução para o RJ e SP

fevereiro 14, 2010

Com todos os problemas que vêm sendo relatados sobre superlotação no metrô, trânsito engarrafado e todas essas mazelas que os moradores de metrópoles como RJ e SP enfrentam todos os dias, essa pode ser a nossa solução: o ônibus anfíbio.

Ele pode rodar na estrada como um ônibus comum e se precisar pode se mover na água com a ajuda de duas turbinas. Seria a solução para os constantes engarrafamentos nas marginais paulistas (ou nas próprias ruas mesmo que andam alagadas) e no RJ para quem vem de Niterói, São Gonçalo etc.

Por um lado melhorias, mas por outro teríamos de aguentar o fedor das águas poluídas e a falta de ambulantes vendendo bebidas no meio do caminho. Eu utilizaria sem medo, aliás, só se não fosse administrado pelas Barcas S.A.

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Lasciate ogni speranza, voi, ch’entrate

maio 7, 2009

O título é pomposo, mas eu explico. É uma citação de Dante Alighieri em sua obra “A divina Comédia” e significa: “Abandonem todas as esperanças, vós, que entrais” (em tradução livre) em referência à inscrição da entrada do inferno. Essa frase me veio à mente em diversos momentos do meu dia hoje como descrevo a seguir.

Hoje (quarta 06) fiz um tour pelos transportes de massa da minha querida cidade do Rio de Janeiro, quatro deles no total: Metrô, Metrô na superfície, ônibus (duas vezes) e Trem. Fiz um círculo de 127km pela cidade conforme me informou o Google Maps. Posso dizer que não desejo isso pra ninguém! Traduzindo em palavras foi como conhecer quatro castigos dos nove círculos do “Inferno de Dante”. Vendo pelo lado bom pelo menos estou vivo ainda. Acompanhe.

8:00h – Minha jornada começou tranquila, porém de pé entre a estação Botafogo e Siqueira Campos no metrô. Coisa rápida… 5 minutos. Daí peguei o metrô na superfície (era o rápido, parava só a partir de São Conrado até onde eu iria descer, na Barra) viajando de pé novamente por uma hora e rindo solidariamente de quem estava no contrafluxo parado no congestionamento. Essa, posso dizer que foi a melhor parte da viagem, que, acreditem, apesar de ter durado uma hora, pelo menos tinha ar condicionado e ninguém gritava mais alto que o volume do que eu ouvia no meu iPobre mp3 player.

9:30h – Resolvido meu problema na Barra prossegui para Campo Grande, ou Big field como os nativos como eu chamam. Peguei um cata corno ônibus no qual o motorista parecia o batman dirigindo seu batmóvel. Só que esse batmóvel não tinha âncora para as curvas então eu fiquei bem religioso boa parte do caminho e fui conversando com Deus sobre o que dava pra aliviar das minhas falhas até aquele momento. Fui relativamente tranquilo e sentado por mais uma hora e meia até meu destino que pra minha surpresa não chegou. O itinerário do ônibus mudou e agora passava por outra avenida, e me forçou a andar cerca de 10 minutos num sol maravilhoso no meio da querida zona oeste do meu Rio de Janeiro castigando minha “lata” que estava sem protetor solar, diga-se de passagem. Enfim peguei outro ônibus para o destino original e 15 minutos depois cheguei.

16:15h – Pronto. Tudo que tinha de fazer por lá resolvido… Vou-me embora! Pelo horário e por ser um dia de semana, meu sangue suburbano nativo me alertou que a melhor opção seria a Supervia, mas não necessariamente aopção menos dolorosa. Arrisquei. Fui pra estação me enganando em pensamentos: “São trens novos, comprados para o PAN, não vai ser tão ruim.”, 15 minutos depois  chega o bom e velho trem do ramal Santa Cruz – Central. Ainda bem que não tinha os capatazes do capeta seguranças da Supervia chicoteando seus clientes! Menos pior na verdade porque tinha vendedores de toda sorte de mercadorias que se possa imaginar. Pensei “To fudido!” “Que furada!”, então algumas estações depois passa um ambulante recém chegado do vagão vizinho vendendo uma skol por R$1.50 e por coincidência tinha exatos R$1,50 no meu bolso da camisa. Peguei o dinheiro e dei a ele pedindo minha skol enquanto o trem parava na estação de nome pomposo: “Olímpica Engenho de Dentro” e então pra aumentar minha “sorte” entram três Super heróis da Supervia no vagão indo direto no sujeito descendo o sarrafo no cara puxando-o pra fora.

17:30 – Chego na tão esperada estação Central R$1,50 mais pobre e de gogó seco e me dirijo à estação Central do Metrô. 20 minutos depois estava em casa.

Sinceramente, dei graças a Deus quando entrei no bom e velho metrô a caminho de casa, ainda tive tempo de rir solidariamente da massa que saía dele e se encaminhava aos trens e parei para refletir que é uma pena que o pessoal da SECTRAN não faça o trajeto que essa galera que se ferra todo dia faz e, sem nem falar em educação, segurança e saúde, mesmo assim o governo esteja pensando em trazer os jogos olímpicos pra cá em 2016!

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